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Consciente de não ser grande narrador, e depois de vos contar a forma como a minha língua dançou sobre o clítoris polaco, conto-vos agora o que se seguiu… a coreografia dos dedos.
Exploração lingual terminada, a polaca nua, pernas abertas, oferecida, clítoris e bicos das mamas excitados, quer-me agora e quase posso ler-lhe nos lábios um grande e sonoro “fode-me TODA cabrão!!!”
Está bem mas antes...
Com dois dos meus dedos presos na entrada da sua gruta inundada penetro-a outra vez… Intensifico com três dedos as idas e voltas. O acesso é ligeiramente apertado e o meu gesto defronta-se com alguma resistência momentânea. E assim é... os músculos contraídos num ápice relaxam para me abrir a passagem. Sensação sublime esta, ao mesmo tempo estranha, que poderia deixar-me pensar que a magoo ou torturo, se a serenidade do gozo dela que me é dado entender não o desmentisse, ou se as dimensões de um qualquer pau, frequentador assíduo destes lugares, não fosse superior ao calibre dos meus três dedos. Eis-me pois, digitalmente fixado, no que passou agora a ser o meu alvo, com a ideia absurda de determinar os seus limites.
Ideia absurda? Não propriamente, o instinto explorador, talvez...
Dada a sua reação, decidi ter e oferecer prazer à polaca que gostei sem no entanto lhe dar do mais profundo da minha intimidade, ou seja, a minha identidade de macho. Irá por conseguinte ao sétimo céu, e depois para Varsóvia, sem provar do meu mastro…
Pernas bem abertas, ela rapidamente me acolhe quatro dedos… olha-me quase admirada, protege-se e geme, mas o apetite é crescente e noto que força a penetração, sinto que gosta…acentua-o triturando com os dedos os bicos endurecidas das suas mamas.... Clítoris bastante irrigado, algumas “acrobacias” manuais, e percebo que está insaciável, ávida por mais. Sinto nos dedos o mesmo tipo de "contracção e descontracção" que previamente fez, os sumos abundam e parece-me que o caminho está facilmente praticável. Encolho então o polegar e penetro-a com a minha mão esquerda.. inteira… Ao sentir-se invadida, grita como um animal em espasmos orgasmicos, os seus estremecimentos quase vibraram as paredes brancas…. Oiço-a soluçar e reparo que o azul do olhar passou agora a dilui-se na transparência de algumas lágrimas… Penso que lágrimas derivadas do seu abandono e entrega, da surpresa, da descoberta, do desconhecido, do imprevisto, do prazer… mais do que de dor, porque cúmulo do cúmulo parece querer ainda mais. Com a fenda assim dilatada de felicidade extrema e em tremores expressivos, nem notou que não posso acrescentar um dedo sequer sem que me liberte a outra mão a qual morde e suga gulosamente a extremidade como de um qualquer pénis imaginário se tratasse. Acalma-se entretanto… É lá profundo, procuro o meu descanso… Não movo por minutos, a sensação que tenho é que os nós dos meus dedos lhe tocam a espinha dorsal… Ela tambem imóvel, sentindo-me nas suas entranhas, prende-me nas carnes tensas, protegendo-me, envolvendo, como uma luva envolve uma mão, ou um sapato por medida um pé…. Sinto a seda das partes interiores reajustarem-se ao volume e lentamente os movimentos do seu corpo retornam, oscilando, dançando... Abandonada a esta vaga de prazer, não demora a regar-me com orgasmos múltiplos que parecem prolongar-se indefinidamente…
Com precaução, retiro a minha mão do seu corpo e deixo-a abandonada ao seu êxtase… Olhos fechados, talvez humilhada nesta sua ultima noite na ilha, cativa do seu prazer a sentir a tensão de cada musculo retomar naturalmente o seu lugar… Penso que tudo foi estranho para ela… selvagem e extremo mas também sereno e suave... inexplicável. Creio, acima de tudo, ter tido uma experiencia fantástica. A foda cliché” teria sido muito menos intenso. Não me esquecerá! J
Lança-me um olhar mas não abre a boca. Deixa-me apenas perceber um ligeiro sorriso nos lábios. Estava bem.
Era quase dia, olho pela última vez a boneca polaca, dou-lhe um beijo e digo-lhe adeus...
Nota: Sem querer moralizar, este texto deve ser entendido apenas com a consciência absoluta do que é o fisting, dado que é mesmo disso que se trata “foda com o punho”. Deve por isso ser praticado com extrema precaução, consentimento mútuo e muita atenção no que diz respeito às reacções do parceiro. É um jogo sexual que, se não forem respeitadas algumas regras, o final da história pode acabar no hospital. E mesmo que as respeitem mas não atinjam os vossos fins, não se enervem e não insistam. Tentem uma próxima vez. É um prazer raro, a ser provado à dois, e que deve continuar marginal e excepcional no vosso menu. É uma evidência, mas penso que devo alertar.