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Compras de ultima hora e regresso ao hipermercado. Ao entrar, cruzo o olhar com uma elegante mulher, cerca de 30 anos, cabelos longos, morena, saia negra, silhueta esguia, discreta q.b… Não era a mulher mais bonita do mundo mas tinha o suficiente para me fazer olhar. Ao ver-me, esboça um leve sorriso ao qual retribuo e sigo... No meio de um corredor cruzamo-nos de novo, o seu olhar e o seu sorriso são desta vez mais discretos. Sigo mas continuo a observá-la na tarefa de encher o carrinho. E nisto os nossos olhares cruzar-se-ão ainda por alguns minutos...
Como acabou? Em nada mas gosto deste sentimento… do potencialmente possível. Saber que em algum momento, o seu espírito podia tornar-se tão vagabundo como o meu.