97
(Continuação)Foi por acaso que descobri o ponto sensível da M, aquele em que não sentia prazer se não fosse suficientemente humilhada.
Uma noite telefona-me com voz trémula dizendo-me que estava muito doente, de cama. Que precisava de mim perto dela. Ora aqui o pobre gajo, fodido com mais dia de trabalho, precipitou-se logo em ir ao seu encontro afim de a consolar: Foda-se! Tudo o que precisava era de um regenerador sono, mas ouvir a sua voz em sofrimento fez-me compreender o quanto estava unido a ela…. E lá fui. E foi com um espírito de super-herói que lhe toquei à porta naquela noite. Mostrei-me inicialmente amável, ouvindo e sorrindo. Cinco minutos depois, dei por mim a pensar muito seriamente: "Tás doente o caralho!...". Perante o seu estado geral, ela me parecia melhor que eu. Tinha brincado comigo ao simular no telefone que estava muito doente para que acorresse à sua cabeceira para a consolar, esqueceu-se foi de mencionar o tipo de consolo que queria, é que de doença nem sintomas, apenas um furioso desejo de ser fodida, enfiada numa camisa de noite opaca e longa, tão feia que nem os hospitais no Afeganistão ousariam impô-lo às suas pacientes. Ignoro o motivo que a levou a enfiar-se naquilo, nem mesmo onde a podia ter comprado, mas tenho de admitir que era claramente a vestimenta perfeita para a personagem do pequeno teatro que comigo queria fazer, e provavelmente o único artifício que tinha à mão para me justificar a súbita doença.
Gosto de foder gajas, alarga-las, preenche-las, massacra-las... Mas sempre tive horror que me tomassem por otário.
Uma noite telefona-me com voz trémula dizendo-me que estava muito doente, de cama. Que precisava de mim perto dela. Ora aqui o pobre gajo, fodido com mais dia de trabalho, precipitou-se logo em ir ao seu encontro afim de a consolar: Foda-se! Tudo o que precisava era de um regenerador sono, mas ouvir a sua voz em sofrimento fez-me compreender o quanto estava unido a ela…. E lá fui. E foi com um espírito de super-herói que lhe toquei à porta naquela noite. Mostrei-me inicialmente amável, ouvindo e sorrindo. Cinco minutos depois, dei por mim a pensar muito seriamente: "Tás doente o caralho!...". Perante o seu estado geral, ela me parecia melhor que eu. Tinha brincado comigo ao simular no telefone que estava muito doente para que acorresse à sua cabeceira para a consolar, esqueceu-se foi de mencionar o tipo de consolo que queria, é que de doença nem sintomas, apenas um furioso desejo de ser fodida, enfiada numa camisa de noite opaca e longa, tão feia que nem os hospitais no Afeganistão ousariam impô-lo às suas pacientes. Ignoro o motivo que a levou a enfiar-se naquilo, nem mesmo onde a podia ter comprado, mas tenho de admitir que era claramente a vestimenta perfeita para a personagem do pequeno teatro que comigo queria fazer, e provavelmente o único artifício que tinha à mão para me justificar a súbita doença.
Gosto de foder gajas, alarga-las, preenche-las, massacra-las... Mas sempre tive horror que me tomassem por otário.
Dilema entre os meus (dois) cérebros: O 1º, o de cima: devia ou não devia render-me aos seus caprichos? mas de imediato, o 2º, aquele ao nível do meu baixo-ventre, cai sob o encanto de tanta… estupidez e rapidamente fico magnânimo; M era terrível, tipo versão adulta da criança travessa. Como não perdoar-lhe estes defeitos quando são encarnados com tanto amor e arte? Decidira finalmente contrariar o 1º e ficar. Na sequência, à bruta, levantei-lhe o horrível vestuário e deixo-o envolto e a apertar-lhe o rosto até quase a asfixiar enquanto lhe chamava cabra! Ela adorou.
Foi assim que descobri que M adorava ser a minha "coisa" e molhava totalmente à simples ideia de ser obrigada a fantasias perversas. E o amor com que o fazia agradava-me e excitava-me bastante. E assim, invisual e quase asfixiada, atingiu numerosas vezes o orgasmo naquela e outras noites.
A minha"descoberta" foi ainda reforçada por uma das suas confissões; o hábito, nas noites de celibato e de aborrecimento, de tomar de assalto via telefone, os quartéis de bombeiros e esquadras de polícia a fim de excitar com os suspiros das suas masturbações frenéticas os ouvidos dos diversos gajos de serviço. Eles ao que parece gostavam já que nunca a prenderam. Confessou-me mesmo ter o desejo louco de “aviar” um camião cheio de GNR´s e servir de receptáculo com todos os seus orifícios aos mastros entesados e respectivas algemas e cassetetes. Mas o seu gosto pela mentira ela o demonstrara mais uma vez, e deixa-me muitas duvida se faria realmente gang-bang com a companhia inteira das “autoridades”.
E deste modo, a nossa relação foi ficando progressivamente cada vez mais insalubre. Cada broche era precedido com alguns insultos e golpes violentos de pau na cara. Cada foda era depressa acompanhada por estalos também eles vigorosos nas nádegas.. Os bicos das mamas, ora eram beliscados com violência ou esticados ao limite com doçura e ternura.
Aqui entre nós, na época era um pouco estranho para mim viver aquilo, mas ler-lhe nos olhos a tesão quando o fazia dava um pouco de alma à obra, e o seu olhar quase que me suplicava que tinha mesmo de ser assim. Era cada vez mais necessário faze-la sofrer. Abusar!
Como os nossos corpos pareciam compatíveis, a nossa relação foi duradoura (94 dias). Tempo suficiente para apreciar os seus dotes na cozinha com excelentes receitas de batatas (fritas ou em puré) com ovos estrelados. Apreciei também em detalhe o poder de sucção da sua boca gananciosa, as mãos de dedos habilidosos e todo o seu corpo, em especial a bonita curva na zona dos rins ilustrada com um belo colibri. Sempre gostei de tatuagens na parte inferior das costas femininas, particularmente as que incluem caracteres legíveis... Servem sempre de distracção num “doggy-style” mais monótono….
Com o passar do tempo, os vizinhos começaram também a perdoar as manifestações dos seus orgasmos ruidosos, aos quais fui acrescentando sons de nádegas batidas ou chicoteadas, choques de corpos contras as paredes, portas a baterem às quatro da manhã ou ascensores bloqueados….
Resumidamente, M foi o meu “brinquedo” sexual por uns tempos. Aprendemos a conhecermo-nos, a compreendermo-nos, e a gostarmo-nos…
Agora dirão (oiço já as minhas leitoras mais sensíveis): Mas respeitaste-a muito pouco! És um canalha! Devias ter vergonha…blablabla! Na verdade, para vos ser franco, não sinto hoje nem nunca senti o menor sentimento de culpa pelos momentos na companhia de M…. afinal ela queria que fosse assim! Algumas aumentam o consumo de Prozac ou bebem para esquecer enquanto outras gozam com o aumento das mamas, ela satisfazia-se com maratonas de sexo e muitas nódoas negras. Nada a fazer!
Voltei a encontrar M duas ou três vezes no par de anos seguintes, agora mais “envernizada” (teria decerto encontrado no seu caminho alguém que sabia efectivamente vestir mulheres). Permanecia no entanto o pensamento lascivo e ainda obstinada com a esperança louca de uma vida a dois…
“Salva-me”, suplicou ela ao ouvido, encostando a sua face á minha. “Gosta de mim, beija-me”…
Recusei o “SOS”, satisfiz-lhe o resto. Depois, durante anos, perdi-lhe o rasto…
Seguiram-se tempos a apreciar a solidão, obviamente mais estáticos e menos vibrantes… Mas é fantástico, porque permite ler romances e ensaios inteligentes, reflectir sobre a vida e o nosso lugar no universo, de tentar compreender porque raio as extra-terrestres acamparam na Antárctida e não fazem contactos decentes com a nossa espécie…
E assim, como assim, depressa chegou Junho. Era tempo de passar para o campo 2 ou seja, o reencontrar frescura em novos territórios de pele desconhecidos…
Estávamos então no inicio das novas tecnologias e com elas a novas obsessões consumistas, a democratização da internet, os chats com as salas “temáticas”, de encontros etc… Um mundo de "boys and girls" virtuais onde se improvisavam infidelidades e se espalhava erotismo e sexo sem o estar a fazer… Como odeio viver na ignorância, depressa me adaptei à coisa, curioso em testar com os “chips” a teoria da transferência do Freud e passar rapidamente a colocar a língua em peles finalmente salgadas… E sim o velho tinha razão! O estabelecimento de relações afectivas intensas entre humanos desprovidos de qualquer contexto de realidade, é um facto incontornável! Rapidamente me vi a observar a cor dos cortinados de algumas que, tal como eu, procuravam a “pequena morte” nestes campos virtuais… o que, se para mim foi bom, para elas veio contribuir ainda mais para o aumento daquela (tão feminina) dificuldade crónica na busca do príncipe encantado...
Mas disto é inútil falar, todas sabem como é certamente!
Ah sim, esquecia, M é hoje uma mulher feliz, mãe dois filhos e casada com um amigo meu.
Foi assim que descobri que M adorava ser a minha "coisa" e molhava totalmente à simples ideia de ser obrigada a fantasias perversas. E o amor com que o fazia agradava-me e excitava-me bastante. E assim, invisual e quase asfixiada, atingiu numerosas vezes o orgasmo naquela e outras noites.
A minha"descoberta" foi ainda reforçada por uma das suas confissões; o hábito, nas noites de celibato e de aborrecimento, de tomar de assalto via telefone, os quartéis de bombeiros e esquadras de polícia a fim de excitar com os suspiros das suas masturbações frenéticas os ouvidos dos diversos gajos de serviço. Eles ao que parece gostavam já que nunca a prenderam. Confessou-me mesmo ter o desejo louco de “aviar” um camião cheio de GNR´s e servir de receptáculo com todos os seus orifícios aos mastros entesados e respectivas algemas e cassetetes. Mas o seu gosto pela mentira ela o demonstrara mais uma vez, e deixa-me muitas duvida se faria realmente gang-bang com a companhia inteira das “autoridades”.
E deste modo, a nossa relação foi ficando progressivamente cada vez mais insalubre. Cada broche era precedido com alguns insultos e golpes violentos de pau na cara. Cada foda era depressa acompanhada por estalos também eles vigorosos nas nádegas.. Os bicos das mamas, ora eram beliscados com violência ou esticados ao limite com doçura e ternura.
Aqui entre nós, na época era um pouco estranho para mim viver aquilo, mas ler-lhe nos olhos a tesão quando o fazia dava um pouco de alma à obra, e o seu olhar quase que me suplicava que tinha mesmo de ser assim. Era cada vez mais necessário faze-la sofrer. Abusar!
Como os nossos corpos pareciam compatíveis, a nossa relação foi duradoura (94 dias). Tempo suficiente para apreciar os seus dotes na cozinha com excelentes receitas de batatas (fritas ou em puré) com ovos estrelados. Apreciei também em detalhe o poder de sucção da sua boca gananciosa, as mãos de dedos habilidosos e todo o seu corpo, em especial a bonita curva na zona dos rins ilustrada com um belo colibri. Sempre gostei de tatuagens na parte inferior das costas femininas, particularmente as que incluem caracteres legíveis... Servem sempre de distracção num “doggy-style” mais monótono….
Com o passar do tempo, os vizinhos começaram também a perdoar as manifestações dos seus orgasmos ruidosos, aos quais fui acrescentando sons de nádegas batidas ou chicoteadas, choques de corpos contras as paredes, portas a baterem às quatro da manhã ou ascensores bloqueados….
Resumidamente, M foi o meu “brinquedo” sexual por uns tempos. Aprendemos a conhecermo-nos, a compreendermo-nos, e a gostarmo-nos…
Agora dirão (oiço já as minhas leitoras mais sensíveis): Mas respeitaste-a muito pouco! És um canalha! Devias ter vergonha…blablabla! Na verdade, para vos ser franco, não sinto hoje nem nunca senti o menor sentimento de culpa pelos momentos na companhia de M…. afinal ela queria que fosse assim! Algumas aumentam o consumo de Prozac ou bebem para esquecer enquanto outras gozam com o aumento das mamas, ela satisfazia-se com maratonas de sexo e muitas nódoas negras. Nada a fazer!
Voltei a encontrar M duas ou três vezes no par de anos seguintes, agora mais “envernizada” (teria decerto encontrado no seu caminho alguém que sabia efectivamente vestir mulheres). Permanecia no entanto o pensamento lascivo e ainda obstinada com a esperança louca de uma vida a dois…
“Salva-me”, suplicou ela ao ouvido, encostando a sua face á minha. “Gosta de mim, beija-me”…
Recusei o “SOS”, satisfiz-lhe o resto. Depois, durante anos, perdi-lhe o rasto…
Seguiram-se tempos a apreciar a solidão, obviamente mais estáticos e menos vibrantes… Mas é fantástico, porque permite ler romances e ensaios inteligentes, reflectir sobre a vida e o nosso lugar no universo, de tentar compreender porque raio as extra-terrestres acamparam na Antárctida e não fazem contactos decentes com a nossa espécie…
E assim, como assim, depressa chegou Junho. Era tempo de passar para o campo 2 ou seja, o reencontrar frescura em novos territórios de pele desconhecidos…
Estávamos então no inicio das novas tecnologias e com elas a novas obsessões consumistas, a democratização da internet, os chats com as salas “temáticas”, de encontros etc… Um mundo de "boys and girls" virtuais onde se improvisavam infidelidades e se espalhava erotismo e sexo sem o estar a fazer… Como odeio viver na ignorância, depressa me adaptei à coisa, curioso em testar com os “chips” a teoria da transferência do Freud e passar rapidamente a colocar a língua em peles finalmente salgadas… E sim o velho tinha razão! O estabelecimento de relações afectivas intensas entre humanos desprovidos de qualquer contexto de realidade, é um facto incontornável! Rapidamente me vi a observar a cor dos cortinados de algumas que, tal como eu, procuravam a “pequena morte” nestes campos virtuais… o que, se para mim foi bom, para elas veio contribuir ainda mais para o aumento daquela (tão feminina) dificuldade crónica na busca do príncipe encantado...
Mas disto é inútil falar, todas sabem como é certamente!
Ah sim, esquecia, M é hoje uma mulher feliz, mãe dois filhos e casada com um amigo meu.
4 Comentários:
altamente o.0
Gostei especialmente do último parágrafo. Não és parvo, eu já percebi.
:P
desapareceste outra vez?
Porque a vida faz de nós seres sedentos por mais, melhor e constante actividade ... cada um procura aquilo que de melhor se adapta a si. ;) O teu bom gosto nunca me enganou :))
Beijo grande
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial