Pois, ele disse mas não o provou de maneira irrefutável ;) Evitar as mulheres até podem, mas a sensualidade do corpo?... Ops! Isso é uma situação absolutamente inédita no mundo actual... Bem, a não ser que o equipamento seja micro, lol! Hummmm...Não! Onde enfia isto na "ferida" narcisista do Homem actual? (Brincadeira! Mas penso onde quer chegar)
A frase do Blake; Claro. Subscrevo!..embora consciente que ninguem o consiga plenamente, ou seja, vivemos mais com os nossos desejos do que com o prazer de os ter saciado. Creio ser essa a observação de W.Blake...
Niilismos à parte, e independentemente das nossas percepções, um desejo é um impulso,e um impulso pode ser controlado, seja qual for. É a posição dos padres na demonstração da intensidade da sua fé a Deus...(um dos 7 PECADOS!..para alguns)... E sentem honra porque o controlaram, mas ao faze-lo, de certo modo, não deixam de ser escravos dele... Os Mestres-escravos. Penso ser isto que valida o raciocínio do NIETZSCHE não?
O beijo deixei-o lá no teu blog :) Mas posso dar-te mais aqui. Mil!
Não sabes nada de qê? hummm! Cada um argumenta como quer e tratando-se de filosofia a coisa piora... Platão dizia que o desejo era uma carência do ser...uma falta, um defeito. Sei lá eu o que é. Provavelmente até é assim, a avaliar pela quantidade de defeitos que carregamos...A verdade é que todos o sentimos.
(nota prévia: “irrefutável?” então mas não diz que “cada um argumenta como quer e na filosofia piora?”… Sendo assim, filosoficamente nada é irrefutável. Nem a frase de Nietzsche nem de Blake. Penso que isso se trata de desresponsabilização, e daí a nota prévia. Filosofia nada tem a ver com estados de espíritos, nem poesia. A sua linguagem é lógica como em qualquer ciência. O seu nível de abstracção é maior e mais profundo do que qualquer ciência. Mesmo que não haja verdades absolutas, não quer dizer que cada um diga o que quer e isso seja filosofia. É precisamente o contrário – sofística ou retórica.)
Sobre a frase de Nietzsche: lancei-a como um contra-exemplo à frase de Blake. Se houve pessoa que mais escreveu sobre a necessidade de reconhecermos que somos feitos de instintos, a maior parte inconscientes, e que ao negá-los, negamo-nos a nós e à vida, mesmo antes de Freud, foi Nietzsche. O que não quer dizer que sigamos a dizer sim a todo e qualquer instinto. Aí Nietzsche necessariamente concorda com Platão: não passaríamos de bestas. Quando diz que são os que fogem das mulheres e martirizam o corpo que são os mais sensuais, di-lo no sentido em que a sublimação dos instintos sexuais no caso desses homens, por serem demasiado fortes, só pode ser feita de maneira agressiva. Não me parece que isto seja anacrónico. Repare, por exemplo, nos estudos sobre pedofilia do Canadá e EUA. Um pedófilo “crónico” não é curável. É a única conclusão e, infeliz, que os psicólogos e psiquiatras nos dão sucessivamente. Por isso, a melhor maneira, na maior parte desse graves casos, é a pulseira electrónica e a castração química – precisamente fugir da presa e martirizar o corpo. Nietzsche diria deles: fortes, mas doentes.
Sobre a frase de Blake: O que ele diz é que qd restringimos um desejo e ele se dá por vencido, ele em si já nunca poderia ter dado luta porque era fraco. Sendo assim, nada há de valoroso ao se restringir um instinto! E a minha opinião é diversa: pode se ser nobre ao dizer sim ou não a um instinto, dependendo do contexto, do que faz sentido nessa ocasião, sentido para nós enquanto indivíduos, à nossa história e ao nosso projecto de vida.
Agradeço o comentário. Até consegui ver daqui o seu funcionamento neuronal, papillon. Bravo! :) Obvio que ironizava, mas agradeço a nota prévia... Agora a minha: :)
De facto, com a frase do Blake não pretendia ir pelo caminho de "dissecar" o desejo... muito menos o da desresponsabilização, ou "dizer sim a todo e qualquer instinto", porque penso (desde o início) que a tónica que coloco no blog se destina aos espíritos sensatos e não a de legitimar algo do animal que nos recorda o que somos realmente... Que fique claro tambem que não tenho qualquer especie de alergia a filosofos ou pensadores, pelo contrário, mas não colocaria a filosofia na gaveta das ciências exactas porque como deve saber, em qualquer ciencia, a partir de postulados falsos, se demonstra absolutamente tudo, e o seu contrário tambem... Digamos assim que considero a filosofia como uma especie de jogo com que brindo o meu pequeno cérebro inacabado. :)
Dito isto, quando mencionei "irrefutável" referia-me à definição da "prova" prova que é irrefutável dado que faz saltar a verdade. O problema (ou a possibilidade) é que os indivíduos não raciocinam similarmente logo uma prova não pode ser irrefutável por todos e, segundo Euclides "se é afirmado sem prova, tambem pode ser negado sem prova." :) Para se sair deste impasse, utilizamos politica e a democracia dos gregos, ou seja a lei do maior número… (que para mim nada mais é que o exemplo simples para a noção de inconscistência humana). Faça-mos então uma sondagem a nível global para a forma como tratar os pedófilos, já que os mencionou. Castração química? Morte? Absolvição? Controle electronico? etc etc... Certamente um indígena responderá morte enquanto outro qualquer da sua tribo irá responder Absolvição, outro castração... Vence a maioria. Onde ficou a ciência?
É por isto que creio que a nossa consciência é constituída por uma sopa infinita de estados de energia variáveis em intensidade e natureza, cujo modo de funcionamento é muito mais sequencial do que Nietzsche, Blake e outros, nos pretendem fazer crer.. :)
e agora dirá: Este gajo é doido... Talvez! Mas, minha cara, você nunca o vai conseguir provar de forma irrefutável ;)
Vou tentar comentar tudo o que disse de forma clara e breve, e, se possível, desfazer equívocos…
De facto, com a frase do Blake não pretendia ir pelo caminho de "dissecar" o desejo... muito menos o da desresponsabilização, ou "dizer sim a todo e qualquer instinto", porque penso (desde o início) que a tónica que coloco no blog se destina aos espíritos sensatos e não a de legitimar algo do animal que nos recorda o que somos realmente... Qd utilizei o termo desresponsabilização foi em relação ao abuso do termo filosofia quando aplicado ao pensamento sem exigência lógica, à mera opinião. A minha nota prévia foi nesse sentido, de clarificar o lugar da filosofia. Em segundo lugar, não me lembro de ter acusado o seu blog de insensato, aliás, nem de qualquer outro atributo.
Que fique claro tambem que não tenho qualquer especie de alergia a filosofos ou pensadores, pelo contrário, mas não colocaria a filosofia na gaveta das ciências exactas porque como deve saber, em qualquer ciencia, a partir de postulados falsos, se demonstra absolutamente tudo, e o seu contrário tambem... Digamos assim que considero a filosofia como uma especie de jogo com que brindo o meu pequeno cérebro inacabado. :) Ainda bem que não tem nada contra filósofos ou pensadores, mas quem disse que a filosofia era uma ciência exacta? Disse que a lógica é a linguagem da filosofia e da ciência. Mas só isso têm em comum. É claro que os pressupostos podem ser falsos, e a conclusão também. Mas, repare, a própria lógica é falsa, o princípio de identidade e de não-contradição não existem na natureza, e no entanto, sem eles não há edificação possível do conhecimento. É isso mesmo, a filosofia é um jogo, como diz Aristóteles, as duas únicas actividades inúteis: a filosofia e o jogo.
Dito isto, quando mencionei "irrefutável" referia-me à definição da "prova" prova que é irrefutável dado que faz saltar a verdade. O problema (ou a possibilidade) é que os indivíduos não raciocinam similarmente logo uma prova não pode ser irrefutável por todos e, segundo Euclides "se é afirmado sem prova, tambem pode ser negado sem prova." :) Não compreendo o que quer dizer com “os indivíduos não raciocinam similarmente”. Sendo assim nunca nos compreenderíamos. Pela linguagem há equívocos, mas pela lógica não. E qd fala de provas, elas devem existir sempre, indutivas, dedutivas, análogas, é a partir delas que podemos prolongar o conhecimento, e devem ser revistas, não se pode é querer reduzir tudo ao relativismo, do “depende do ponto de vista”, pois o relativismo é dos sofismas mais fáceis de rebater!
Para se sair deste impasse, utilizamos politica e a democracia dos gregos, ou seja a lei do maior número… (que para mim nada mais é que o exemplo simples para a noção de inconscistência humana). Faça-mos então uma sondagem a nível global para a forma como tratar os pedófilos, já que os mencionou. Castração química? Morte? Absolvição? Controle electronico? etc etc... Certamente um indígena responderá morte enquanto outro qualquer da sua tribo irá responder Absolvição, outro castração... Vence a maioria. Onde ficou a ciência? Mas que salto tão grande! Acha que a evolução tem sido feita por maioria????? É que tem sido exactamente o contrário… as grandes decisões, conclusões e reformas chegaram das aristocracias de intelectuais, filósofos, príncipes!!! Nem sequer a democracia é viável para o mais importante da humanidade. Vamos perguntar às pessoas o que acham que se deve fazer aos pedófilos e institui-se a maioria? É claro que isso não acontece, porque o conhecimento e a investigação seriam depostos em função dos costumes! E, já ultrapassámos há muito essa fase…
É por isto que creio que a nossa consciência é constituída por uma sopa infinita de estados de energia variáveis em intensidade e natureza, cujo modo de funcionamento é muito mais sequencial do que Nietzsche, Blake e outros, nos pretendem fazer crer.. :) Concordo que somos uma multiplicidade de “estados” como diz, cujo modo de funcionamento é largamente imperceptível, tanto por nós como por visionários, não somos cobertos sequer pela linguagem, mas isso não quer dizer que não exploremos a ciência e a filosofia, porque se o homem se supera e se distingue dos outros animais, não é nas coisas comuns e banais da vida.
e agora dirá: Este gajo é doido... Talvez! Mas, minha cara, você nunca o vai conseguir provar de forma irrefutável ;) Mas porque haveria de concluir que o masturbatrix é doido? E se o achasse doido, porque quereria eu prová-lo?
Oh!... Borboleta! E agora tb ficaram "duvidas"...aí e aqui! Como não sou gajo para restringir desejos, e ás vezes tambem me satisfaz entregar o corpo ao ritmo, sinto o desejo de responder... mas antes vou ali fazer umas flexões e depois dar umas marteladas no crânio para descolar a massa. Pera aí... já volto!
Excelente! Já disse? :) Incomparavelmente muito mais cultivada que eu em matéria filosófica, seguramente! Eu nado melhor em temas como queda livre, movimentos de vai-vem, geometrias horizontais, fantasias sexuais, prazeres carnais...decididadmente... Palpita-me que se isto dura ainda acabo por aprender também o "jogo" dos Filósofos... :)
Esclarecidas que foram as "teorias" sobre o desejo, é tempo agora de Perguntas&Respostas. Vamos lá então! :) Pergunta: Acha que a evolução tem sido feita por maioria????? as grandes decisões, conclusões e reformas chegaram das aristocracias de intelectuais, filósofos, príncipes!!! Nem sequer a democracia é viável para o mais importante da humanidade.
Resposta: Evolução de quê? Do pensamento? Suponho que sim... E sim, feito por maiorias ou prepotências, é o mesmo! Religiosas, aristocráticas, intelectuais, filosóficas...diz bem! E o declínio começou com Platão que cria o "mito" para forçar outros à sua percepção do mundo... O cristianismo vai flutuar séculos nesta lama e escreve Bíblias com os mesmos fins e Galileu nem lhes dá as conclusões dos seus estudos para não acabar em churrasco humano... a Idade média, que me lembre, não deixou por assim dizer nenhum vestígio importante em matéria de pensamento. O século das luzes, querendo livrar-se erros do pensamento religioso, caiu no Cartesianismo, de seguida no Materialismo que permitiu o advento da era tecnológica... Que evolução Borboleta? E apetece-me perguntar-lhe também...Acha que estes tempos, tão modernos, tão avançados tecnicamente, não serão eles ainda primitivos nas questões de pensamento? Não continuamos nós ainda na era pré-Socrática - Heraclito com a metafísica da "evolução" ou Parmênides no conceito "do Ser e o Não ser"?
Pergunta: Mas porque haveria de concluir que o masturbatrix é doido? Resposta: Porque às vezes assim o acham e eu próprio me sinto uma verdadeira frustração cubista...lol
Pergunta: E se o achasse doido, porque quereria eu prová-lo? Resposta: Para dar uso à sua "mala de ferramentas", ou por fetiche! :)
E agora, para concluir, devo dizer-lhe que mais matéria havia em que me apetecia aprofundar a coisa, mas não...Hoje estou em versão drum’n bass! Talvez melhor para se ter frente a frente...sentados! E, interrogo-me, de que seria eu capaz de fazer com a borboleta que fala a linguagem dos filósofos... será que conheces a linguagem dos joelhos? Que truques sabe ela fazer com eles? Hummmmmm! Coisa a imaginar nas próximas horas…
“Vamos e dir-te-ei – e tu escutas e levas as minhas palavras. Os únicos caminhos da investigação em que se pode pensar: um, o caminho que é e não pode não ser, é a via da Persuasão, pois acompanha a Verdade; o outro, que não é e é forçoso que não seja, esse digo-te, é um caminho totalmente impensável. Pois não poderás conhecer o que não é, nem declará-lo.” Parmênides de Eléia wikipedia.org
Sem dúvida que um dos meus interesses é pelo jogo do raciocínio. Sou antes de mais, uma amante da sabedoria... mas sem a pretensão à verdade. O jogo pelo jogo, o diálogo pelo prazer do confronto com o outro, o esforço mental.
Agora, sobre a sua pergunta: Sim, acho que só evoluímos tecnicamente, em termos de pensamento puro, não há evolução. E os pré-socráticos disseram praticamente tudo e intuiram tudo o que seria descoberto e pensado com mais detalhe. No entanto, no século XX, há uma mudança em termos filosóficos de grande relevância - a pergunta pelo Ser de Parménides, ou seja a pergunta pela metafísica é refeita. Heraclito e Nietzsche foram o princípio e fim de um ciclo. Começou outro com Heidegger, Wittgenstein, Deleuze em que a essência do Ser é contada a partir da existência (existencialismo, fenomenologia). Mas, de facto, não considero que saibamos muito mais do que os gregos, por isso, estamos sempre a voltar a eles. A evolução é mudança mas sem um fito determinado, melhor ou mais elevado do que o anterior. Provavelmente é um eterno retorno...
Sobre os meus truques, tenho vários, como qq aprendiz de filósofa que, no fundo é uma malabarista... ;)
Sobre os outros, faço os possíveis para estender a minha condição de curiosa e escrutinadora...
Deixo-lhe com as palavras que penso a que nos devemos sempre remeter. Lembremo-nos de recuperar o espanto primordial...
De facto, os homens – agora e desde sempre – começaram a filosofar ao ficarem maravilhados diante de algo, maravilhando-se num primeiro momento diante do que comummente causa estranheza e depois, progredindo pouco a pouco, sentindo-se também perplexos diante de coisas de maior importância, por exemplo, diante das peculiaridades da Lua, do Sol, dos astros e diante da origem do Todo.
Pessoalmente, tambem não estou completamente de acordo com Blake, mas achei interessante o debate (pouco comum, diga-se)aqui nos teus commts do qual apreciei algumas ideias, mas pergunto: Esqueceram-se de Sade? cuja obra é, toda ela, se assim posso dizer, atravessada pelo conceito do "desejo"?
E quando me restringem o desejo caio nas malhas da impotência, rebento as cordas vocais, porque me impeço de gritar. Rebolo numa poça lamacenta e rejubilo com os acasos do destino... E quando me restringem o desejo, mesmo que muito eu deseje, ergo o meu pequeno nariz e parto na imensidão do meu ser. O desejo, é apenas um instinto, na minha essência selvática.
inocente: Concordo! O conceito do "desejo" e tb realidade... Em Satre, foi a natureza cega que o deu a cada um de nós...e não é necessário nem travá-lo nem forçá-lo, qualquer que ele seja. Assim, é só necessário satisfaze-lo...imperativamente!:) Aqui, Satre está sempre presente.. :) Volta sempre!
A.: "terra, pão e queijo...e siga..." Siga, siga! E isto só me faz reconhecer ao longe as boas "dançarinas"...rs E agora, sem ser para te elogiar, gostei de ver aqui a tua beleza esta manhã. ;) BEijooss
puta valente: hummm! E, desejosa, até estou daqui a ver-te partir aos quatro ventos, valente. Formas feitas de pixéis, cabelos ao vento, ancas que dançam ao ritmo da valsa lenta...impossíveis, demasiado sexys. :) obrigado!!
20 Comentários:
Caro masturbatrix,
Pressuponho que subscreva a frase que publicou...
Interessante, pq acho precisamente o contrário e evoco o meu "companheiro de jornada":
It is the most sensual men who have to flee from women and torment their body. §294, Daybreak, NIETZSCHE
Acho que são os têm mais desejo que, mais do que preferirem, devem tornar-se o mais ascetas possível.
:)
Eu cá fico pelo meio... às vezes, a espera aumenta o desejo... outras, não dá para esperar.
Mas isto sou eu, que não sei nada.
PS: e o meu beijo? ainda estou à espera... :P
:)*
Aveugle.Papillon:
Pois, ele disse mas não o provou de maneira irrefutável ;)
Evitar as mulheres até podem, mas a sensualidade do corpo?...
Ops! Isso é uma situação absolutamente inédita no mundo actual... Bem, a não ser que o equipamento seja micro, lol!
Hummmm...Não!
Onde enfia isto na "ferida" narcisista do Homem actual?
(Brincadeira! Mas penso onde quer chegar)
A frase do Blake; Claro. Subscrevo!..embora consciente que ninguem o consiga plenamente, ou seja, vivemos mais com os nossos desejos do que com o prazer de os ter saciado. Creio ser essa a observação de W.Blake...
Niilismos à parte, e independentemente das nossas percepções, um desejo é um impulso,e um impulso pode ser controlado, seja qual for. É a posição dos padres na demonstração da intensidade da sua fé a Deus...(um dos 7 PECADOS!..para alguns)... E sentem honra porque o controlaram, mas ao faze-lo, de certo modo, não deixam de ser escravos dele... Os Mestres-escravos. Penso ser isto que valida o raciocínio do NIETZSCHE não?
mariazinha:
O beijo deixei-o lá no teu blog :)
Mas posso dar-te mais aqui. Mil!
Não sabes nada de qê? hummm!
Cada um argumenta como quer e tratando-se de filosofia a coisa piora...
Platão dizia que o desejo era uma carência do ser...uma falta, um defeito. Sei lá eu o que é.
Provavelmente até é assim, a avaliar pela quantidade de defeitos que carregamos...A verdade é que todos o sentimos.
Mais beijo! :)
Adorei a foto :P
E nada de restringir o desejo ;) que eu tambem nao :)
Bjo NaTuaBoca *
NaTuaBoca:
Exacto! Até porque um dia se extingue...
:)
Michel Chaufoureau
Caro Masturbatrix,
(nota prévia: “irrefutável?” então mas não diz que “cada um argumenta como quer e na filosofia piora?”… Sendo assim, filosoficamente nada é irrefutável. Nem a frase de Nietzsche nem de Blake. Penso que isso se trata de desresponsabilização, e daí a nota prévia.
Filosofia nada tem a ver com estados de espíritos, nem poesia. A sua linguagem é lógica como em qualquer ciência. O seu nível de abstracção é maior e mais profundo do que qualquer ciência. Mesmo que não haja verdades absolutas, não quer dizer que cada um diga o que quer e isso seja filosofia. É precisamente o contrário – sofística ou retórica.)
Sobre a frase de Nietzsche:
lancei-a como um contra-exemplo à frase de Blake. Se houve pessoa que mais escreveu sobre a necessidade de reconhecermos que somos feitos de instintos, a maior parte inconscientes, e que ao negá-los, negamo-nos a nós e à vida, mesmo antes de Freud, foi Nietzsche. O que não quer dizer que sigamos a dizer sim a todo e qualquer instinto. Aí Nietzsche necessariamente concorda com Platão: não passaríamos de bestas. Quando diz que são os que fogem das mulheres e martirizam o corpo que são os mais sensuais, di-lo no sentido em que a sublimação dos instintos sexuais no caso desses homens, por serem demasiado fortes, só pode ser feita de maneira agressiva. Não me parece que isto seja anacrónico. Repare, por exemplo, nos estudos sobre pedofilia do Canadá e EUA. Um pedófilo “crónico” não é curável. É a única conclusão e, infeliz, que os psicólogos e psiquiatras nos dão sucessivamente. Por isso, a melhor maneira, na maior parte desse graves casos, é a pulseira electrónica e a castração química – precisamente fugir da presa e martirizar o corpo. Nietzsche diria deles: fortes, mas doentes.
Sobre a frase de Blake: O que ele diz é que qd restringimos um desejo e ele se dá por vencido, ele em si já nunca poderia ter dado luta porque era fraco. Sendo assim, nada há de valoroso ao se restringir um instinto! E a minha opinião é diversa: pode se ser nobre ao dizer sim ou não a um instinto, dependendo do contexto, do que faz sentido nessa ocasião, sentido para nós enquanto indivíduos, à nossa história e ao nosso projecto de vida.
Agradeço o comentário. Até consegui ver daqui o seu funcionamento neuronal, papillon. Bravo! :)
Obvio que ironizava, mas agradeço a nota prévia... Agora a minha: :)
De facto, com a frase do Blake não pretendia ir pelo caminho de "dissecar" o desejo... muito menos o da desresponsabilização, ou "dizer sim a todo e qualquer instinto", porque penso (desde o início) que a tónica que coloco no blog se destina aos espíritos sensatos e não a de legitimar algo do animal que nos recorda o que somos realmente...
Que fique claro tambem que não tenho qualquer especie de alergia a filosofos ou pensadores, pelo contrário, mas não colocaria a filosofia na gaveta das ciências exactas porque como deve saber, em qualquer ciencia, a partir de postulados falsos, se demonstra absolutamente tudo, e o seu contrário tambem... Digamos assim que considero a filosofia como uma especie de jogo com que brindo o meu pequeno cérebro inacabado. :)
Dito isto, quando mencionei "irrefutável" referia-me à definição da "prova" prova que é irrefutável dado que faz saltar a verdade. O problema (ou a possibilidade) é que os indivíduos não raciocinam similarmente logo uma prova não pode ser irrefutável por todos e, segundo Euclides "se é afirmado sem prova, tambem pode ser negado sem prova." :)
Para se sair deste impasse, utilizamos politica e a democracia dos gregos, ou seja a lei do maior número… (que para mim nada mais é que o exemplo simples para a noção de inconscistência humana). Faça-mos então uma sondagem a nível global para a forma como tratar os pedófilos, já que os mencionou. Castração química? Morte? Absolvição? Controle electronico? etc etc... Certamente um indígena responderá morte enquanto outro qualquer da sua tribo irá responder Absolvição, outro castração... Vence a maioria. Onde ficou a ciência?
É por isto que creio que a nossa consciência é constituída por uma sopa infinita de estados de energia variáveis em intensidade e natureza, cujo modo de funcionamento é muito mais sequencial do que Nietzsche, Blake e outros, nos pretendem fazer crer.. :)
e agora dirá:
Este gajo é doido...
Talvez! Mas, minha cara, você nunca o vai conseguir provar de forma irrefutável ;)
Caro Masturbatrix,
Vou tentar comentar tudo o que disse de forma clara e breve, e, se possível, desfazer equívocos…
De facto, com a frase do Blake não pretendia ir pelo caminho de "dissecar" o desejo... muito menos o da desresponsabilização, ou "dizer sim a todo e qualquer instinto", porque penso (desde o início) que a tónica que coloco no blog se destina aos espíritos sensatos e não a de legitimar algo do animal que nos recorda o que somos realmente... Qd utilizei o termo desresponsabilização foi em relação ao abuso do termo filosofia quando aplicado ao pensamento sem exigência lógica, à mera opinião. A minha nota prévia foi nesse sentido, de clarificar o lugar da filosofia. Em segundo lugar, não me lembro de ter acusado o seu blog de insensato, aliás, nem de qualquer outro atributo.
Que fique claro tambem que não tenho qualquer especie de alergia a filosofos ou pensadores, pelo contrário, mas não colocaria a filosofia na gaveta das ciências exactas porque como deve saber, em qualquer ciencia, a partir de postulados falsos, se demonstra absolutamente tudo, e o seu contrário tambem... Digamos assim que considero a filosofia como uma especie de jogo com que brindo o meu pequeno cérebro inacabado. :) Ainda bem que não tem nada contra filósofos ou pensadores, mas quem disse que a filosofia era uma ciência exacta? Disse que a lógica é a linguagem da filosofia e da ciência. Mas só isso têm em comum. É claro que os pressupostos podem ser falsos, e a conclusão também. Mas, repare, a própria lógica é falsa, o princípio de identidade e de não-contradição não existem na natureza, e no entanto, sem eles não há edificação possível do conhecimento.
É isso mesmo, a filosofia é um jogo, como diz Aristóteles, as duas únicas actividades inúteis: a filosofia e o jogo.
Dito isto, quando mencionei "irrefutável" referia-me à definição da "prova" prova que é irrefutável dado que faz saltar a verdade. O problema (ou a possibilidade) é que os indivíduos não raciocinam similarmente logo uma prova não pode ser irrefutável por todos e, segundo Euclides "se é afirmado sem prova, tambem pode ser negado sem prova." :) Não compreendo o que quer dizer com “os indivíduos não raciocinam similarmente”. Sendo assim nunca nos compreenderíamos. Pela linguagem há equívocos, mas pela lógica não. E qd fala de provas, elas devem existir sempre, indutivas, dedutivas, análogas, é a partir delas que podemos prolongar o conhecimento, e devem ser revistas, não se pode é querer reduzir tudo ao relativismo, do “depende do ponto de vista”, pois o relativismo é dos sofismas mais fáceis de rebater!
Para se sair deste impasse, utilizamos politica e a democracia dos gregos, ou seja a lei do maior número… (que para mim nada mais é que o exemplo simples para a noção de inconscistência humana). Faça-mos então uma sondagem a nível global para a forma como tratar os pedófilos, já que os mencionou. Castração química? Morte? Absolvição? Controle electronico? etc etc... Certamente um indígena responderá morte enquanto outro qualquer da sua tribo irá responder Absolvição, outro castração... Vence a maioria. Onde ficou a ciência? Mas que salto tão grande! Acha que a evolução tem sido feita por maioria????? É que tem sido exactamente o contrário… as grandes decisões, conclusões e reformas chegaram das aristocracias de intelectuais, filósofos, príncipes!!! Nem sequer a democracia é viável para o mais importante da humanidade. Vamos perguntar às pessoas o que acham que se deve fazer aos pedófilos e institui-se a maioria? É claro que isso não acontece, porque o conhecimento e a investigação seriam depostos em função dos costumes! E, já ultrapassámos há muito essa fase…
É por isto que creio que a nossa consciência é constituída por uma sopa infinita de estados de energia variáveis em intensidade e natureza, cujo modo de funcionamento é muito mais sequencial do que Nietzsche, Blake e outros, nos pretendem fazer crer.. :)
Concordo que somos uma multiplicidade de “estados” como diz, cujo modo de funcionamento é largamente imperceptível, tanto por nós como por visionários, não somos cobertos sequer pela linguagem, mas isso não quer dizer que não exploremos a ciência e a filosofia, porque se o homem se supera e se distingue dos outros animais, não é nas coisas comuns e banais da vida.
e agora dirá:
Este gajo é doido...
Talvez! Mas, minha cara, você nunca o vai conseguir provar de forma irrefutável ;)
Mas porque haveria de concluir que o masturbatrix é doido? E se o achasse doido, porque quereria eu prová-lo?
Oh!... Borboleta!
E agora tb ficaram "duvidas"...aí e aqui! Como não sou gajo para restringir desejos, e ás vezes tambem me satisfaz entregar o corpo ao ritmo, sinto o desejo de responder... mas antes vou ali fazer umas flexões e depois dar umas marteladas no crânio para descolar a massa.
Pera aí...
já volto!
:)
Excelente!
Já disse? :)
Incomparavelmente muito mais cultivada que eu em matéria filosófica, seguramente! Eu nado melhor em temas como queda livre, movimentos de vai-vem, geometrias horizontais, fantasias sexuais, prazeres carnais...decididadmente...
Palpita-me que se isto dura ainda acabo por aprender também o "jogo" dos Filósofos... :)
Esclarecidas que foram as "teorias" sobre o desejo, é tempo agora de Perguntas&Respostas.
Vamos lá então!
:)
Pergunta: Acha que a evolução tem sido feita por maioria????? as grandes decisões, conclusões e reformas chegaram das aristocracias de intelectuais, filósofos, príncipes!!! Nem sequer a democracia é viável para o mais importante da humanidade.
Resposta: Evolução de quê? Do pensamento? Suponho que sim...
E sim, feito por maiorias ou prepotências, é o mesmo! Religiosas, aristocráticas, intelectuais, filosóficas...diz bem!
E o declínio começou com Platão que cria o "mito" para forçar outros à sua percepção do mundo... O cristianismo vai flutuar séculos nesta lama e escreve Bíblias com os mesmos fins e Galileu nem lhes dá as conclusões dos seus estudos para não acabar em churrasco humano... a Idade média, que me lembre, não deixou por assim dizer nenhum vestígio importante em matéria de pensamento. O século das luzes, querendo livrar-se erros do pensamento religioso, caiu no Cartesianismo, de seguida no Materialismo que permitiu o advento da era tecnológica...
Que evolução Borboleta?
E apetece-me perguntar-lhe também...Acha que estes tempos, tão modernos, tão avançados tecnicamente, não serão eles ainda primitivos nas questões de pensamento? Não continuamos nós ainda na era pré-Socrática - Heraclito com a metafísica da "evolução" ou Parmênides no conceito "do Ser e o Não ser"?
Pergunta: Mas porque haveria de concluir que o masturbatrix é doido?
Resposta: Porque às vezes assim o acham e eu próprio me sinto uma verdadeira frustração cubista...lol
Pergunta: E se o achasse doido, porque quereria eu prová-lo?
Resposta: Para dar uso à sua "mala de ferramentas", ou por fetiche! :)
E agora, para concluir, devo dizer-lhe que mais matéria havia em que me apetecia aprofundar a coisa, mas não...Hoje estou em versão drum’n bass! Talvez melhor para se ter frente a frente...sentados!
E, interrogo-me, de que seria eu capaz de fazer com a borboleta que fala a linguagem dos filósofos... será que conheces a linguagem dos joelhos? Que truques sabe ela fazer com eles?
Hummmmmm! Coisa a imaginar nas próximas horas…
“Vamos e dir-te-ei – e tu escutas e levas as minhas palavras. Os únicos caminhos da investigação em que se pode pensar: um, o caminho que é e não pode não ser, é a via da Persuasão, pois acompanha a Verdade; o outro, que não é e é forçoso que não seja, esse digo-te, é um caminho totalmente impensável. Pois não poderás conhecer o que não é, nem declará-lo.” Parmênides de Eléia wikipedia.org
Caro Masturbatrix,
Sem dúvida que um dos meus interesses é pelo jogo do raciocínio. Sou antes de mais, uma amante da sabedoria... mas sem a pretensão à verdade. O jogo pelo jogo, o diálogo pelo prazer do confronto com o outro, o esforço mental.
Agora, sobre a sua pergunta: Sim, acho que só evoluímos tecnicamente, em termos de pensamento puro, não há evolução. E os pré-socráticos disseram praticamente tudo e intuiram tudo o que seria descoberto e pensado com mais detalhe. No entanto, no século XX, há uma mudança em termos filosóficos de grande relevância - a pergunta pelo Ser de Parménides, ou seja a pergunta pela metafísica é refeita. Heraclito e Nietzsche foram o princípio e fim de um ciclo. Começou outro com Heidegger, Wittgenstein, Deleuze em que a essência do Ser é contada a partir da existência (existencialismo, fenomenologia). Mas, de facto, não considero que saibamos muito mais do que os gregos, por isso, estamos sempre a voltar a eles. A evolução é mudança mas sem um fito determinado, melhor ou mais elevado do que o anterior. Provavelmente é um eterno retorno...
Sobre os meus truques, tenho vários, como qq aprendiz de filósofa que, no fundo é uma malabarista... ;)
Sobre os outros, faço os possíveis para estender a minha condição de curiosa e escrutinadora...
Deixo-lhe com as palavras que penso a que nos devemos sempre remeter. Lembremo-nos de recuperar o espanto primordial...
De facto, os homens – agora e desde sempre – começaram a filosofar ao ficarem maravilhados diante de algo, maravilhando-se num primeiro momento diante do que comummente causa estranheza e depois, progredindo pouco a pouco, sentindo-se também perplexos diante de coisas de maior importância, por exemplo, diante das peculiaridades da Lua, do Sol, dos astros e diante da origem do Todo.
Aristóteles, Metafísica, Livro A, capítulo II.
Ora grande pintora, sim senhor
Pessoalmente, tambem não estou completamente de acordo com Blake, mas achei interessante o debate (pouco comum, diga-se)aqui nos teus commts do qual apreciei algumas ideias, mas pergunto: Esqueceram-se de Sade? cuja obra é, toda ela, se assim posso dizer, atravessada pelo conceito do "desejo"?
...equivale a cortarmos os
pés para não precisarmos
mais de os calçar.
poderemos antes chamar de ...
forte pigritia aguda.
...não sou de grandes divagaçôes,
sou mais terra, pão e queijo...e siga... nem sempre calçada.pois é.
;)
...mas deixo-vos um beijo grande.
Ave e Matrix... belíssimos voos.
gostei de ler.
:)
E quando me restringem o desejo caio nas malhas da impotência, rebento as cordas vocais, porque me impeço de gritar. Rebolo numa poça lamacenta e rejubilo com os acasos do destino... E quando me restringem o desejo, mesmo que muito eu deseje, ergo o meu pequeno nariz e parto na imensidão do meu ser. O desejo, é apenas um instinto, na minha essência selvática.
moura:
http://www.chaufoureau.be/
bj
inocente:
Concordo! O conceito do "desejo" e tb realidade...
Em Satre, foi a natureza cega que o deu a cada um de nós...e não é necessário nem travá-lo nem forçá-lo, qualquer que ele seja. Assim, é só necessário satisfaze-lo...imperativamente!:)
Aqui, Satre está sempre presente.. :)
Volta sempre!
A.:
"terra, pão e queijo...e siga..."
Siga, siga!
E isto só me faz reconhecer ao longe as boas "dançarinas"...rs
E agora, sem ser para te elogiar, gostei de ver aqui a tua beleza esta manhã. ;)
BEijooss
puta valente:
hummm! E, desejosa, até estou daqui a ver-te partir aos quatro ventos, valente.
Formas feitas de pixéis, cabelos ao vento, ancas que dançam ao ritmo da valsa lenta...impossíveis, demasiado sexys.
:)
obrigado!!
O desejo sexual é o mais violento dos nossos apetites:
O desejo de todos os desejos.
Arthur Schopenhauer
um beijo.
Thanks!....... can U pm me on this
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